quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Uma aluna muito especial

                  Relatório das atividades do aluno usando Tecnologia Assistiva 

Professor-cursista: Aparecida Lúcia Oliveira Reis
Formador: Sandra Maria Koch Syperregk

   1. Aluno:                           
         É uma aluna com deficiência múltipla, utiliza cadeiras de rodas e apresenta comprometimentos físicos, motores, e intelectuais. Alimenta através de sonda e se comunica através do olhar e do sorriso. Está matriculada no 2º período do Ensino Infantil e tem 6 anos de idade. A sua simpatia e a capacidade de superação contagia a todos os profissionais que com ela trabalham e convivem. Demonstra interesse e participa de todas as atividades desenvolvidas na escola. Adora música, história, parquinho, escrever e desenhar com os materiais adaptados. 

 2. Descrição da atividade planejada pelo professor
        Para superar a barreira da comunicação e para que a aluna pudesse expressar seus sentimentos, desejos e escolhas de acordo com o seu interesse, a partir de contextos reais, introduzimos a prancha de comunicação. Iniciamos o trabalho com objetos concretos e atualmente com os PECS de suas atividades preferidas na escola e a aluna sempre sinaliza o seu “SIM” com um sorriso e um olhar para a figura, e o “NÃO” balançando a cabeça para os lados. Assim ela sempre expressa o que deseja realizar na escola. Os cartões de comunicação são apresentados gradualmente e repassados à família, aos professores e colegas da turma para que todos possam usufruir deste recurso de comunicação. A prancha está sendo confeccionada numa pasta com plásticos e as figuras no tamanho 10/15.

3. Tecnologia Assistiva escolhida: CAA – Prancha de comunicação

4. Reflexão sobre a experiência:
         A aluna demonstra sempre muita motivação para comunicar com os outros, por isso não houve dificuldade na utilização deste recurso. É preciso que o professor de AEE esteja sempre atento à simbologia para que ela contemple o que a aluna está querendo comunicar e fazer sempre perguntas objetivas, com respostas SIM e NÃO. A prancha deverá ser feita “com a” aluna e não para o “para a” aluna, para que ela tenha significado e seja funcional nas situações e necessidades diárias da criança.
        Analisando o desempenho da aluna na utilização da prancha percebemos que ampliou a sua capacidade de se comunicar, a sua independência e autonomia nas decisões, elevou sua auto-estima, e propiciou melhores condições de aprendizado na escola. Assumindo a função de agente de comunicação com competência.  
         Na avaliação da competência operacional e funcional do recurso de CAA é necessário observar e registrar os avanços e as dificuldades da aluna, para aprimorá-lo e adequá-lo às suas reais necessidades. É um processo contínuo e dinâmico e de estreita parceria entre professor de AEE, professor comum, a família e os profissionais que atuam junto à criança.
          Com a futura instalação dos computadores na SRM teremos condições de aprimorar e enriquecer todo esse trabalho com a utilização dos recursos de CAA de alta tecnologia.   

Projeto "Por uma biblioteca sempre viva"

Introdução:

“Quando é que a leitura contribui para o desenvolvimento da inteligência? Quando aquilo que se lê não é o ponto de chegada, mas o ponto de partida.
Ponto de partida para quê?
Para o nosso próprio ato de pensar. A gente lê os pensamentos dos outros para pensar pensamentos próprios.
Livro é comida. Ler é igual a comer. Leitura boa é aquela que torna a vida mais interessante. É preciso que o livro lido, comido, ruminado, se transforme em partes de nós mesmos. As palavras têm de ser transformadas em sangue.”
Rubem Alves

            O projeto “Por uma Biblioteca sempre viva” tem como meta formar o aluno-leitor para que ele possa ser introduzido ao mundo letrado com seus próprios pensamentos, de forma prazerosa, buscando sempre se informar e manter-se informado para participar efetivamente da sociedade, exercendo a sua cidadania. O desenvolvimento do trabalho durante todo o ano transcorreu em etapas, respeitando o interesse, as necessidades especiais e a faixa etária do público alvo, que são alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, propiciando atividades literárias, lúdicas e artísticas  de forma inclusiva.

Desenvolvimento
 Para o enfrentamento dos desafios que surgiram ao longo do trabalho foram utilizadas várias estratégias, e dentre as muitas, a primeira foi investir na formação continuada e participar assiduamente dos encontros mensais proporcionados pelo Grupo de Estudo- Dinamização de Leitura na Escola, no Centro de Formação do Professor- SME. As trocas de experiências possibilitaram superar os obstáculos com mais leveza e segurança. Quanto aos eventos, O Circuito de Leituras deu novo ânimo ao  trabalho e foi possível através de sua realização na escola envolver toda a comunidade escolar.
Dentro do contexto escolar de acordo com as possibilidades e potencialidades encontradas na trajetória do trabalho foram exploradas as diversas formas de linguagens e os diferentes gêneros textuais e literários, através da realização das oficinas literárias com as turmas e com os professores regentes, (contação de histórias, teatro, artes visuais e artesanato, música, dança, poesia, entre outros), e do empréstimo de livros.
A atuação e o trabalho do professor responsável pelo projeto é que dá sentido a existência de uma biblioteca na escola, sem esse profissional ela se torna um espaço ocioso e sem vida. Uma das dificuldades foi garantir a dedicação exclusiva do educador ao projeto devido às substituições frequentes na falta do professor regente. Isso inviabilizou o atendimento às outras turmas, dificultou o empréstimo de livros e impossibilitou também o registro e a organização do acervo.
Diante dos obstáculos, a superação e os resultados foram surpreendentes. Na realização do Circuito de Leituras foi notável a participação, o empenho e o interesse dos alunos  nas atividades artísticas e literárias desenvolvidas durante toda a semana, houve um grande envolvimento por parte de toda comunidade escolar. O Joca (mascote da biblioteca), a Chapeuzinho Vermelho e o Palhaço PAPALETRAS, participaram ativamente, animaram e deram um tom de suspense ao evento. Sentimos saudades quando o projeto terminou, e a Chapeuzinho Vermelho se despediu.
Foram positivos também a participação ativa e o interesse dos alunos com deficiência nas oficinas e eventos realizados durante o projeto. Diversas obras literárias de diferentes autores foram apresentadas, para atender a todo tipo de leitor e aproximá-lo cada vez mais do texto. Utilizando os recursos e materiais que dispúnhamos, e com muita criatividade construímos cenários, livros, cineminha, fantoches, máscaras, marionetes com o objetivo de diversificar  e enriquecer as atividades e as apresentações.
 O acesso democrático aos livros, ao mundo da leitura, da informação e do conhecimento despertou uma cultura de valorização da leitura na escola e na comunidade.
A avaliação do projeto foi feita através da observação e análise do interesse e empenho dos alunos durante a realização das atividades propostas durante todo o  trabalho, de forma contínua e processual. As modificações e ajustes foram feitos quando necessários.

Escola Municipal Profª Edith Merhey



                A Escola Municipal Professora Edith Merhey foi inaugurada em 19 de setembro de 1982. Situa-se no bairro Santo Antônio, na rua Manoel Ribeiro de Almeida, na cidade de Juiz de Fora, MG. Atualmente atende a 400 alunos de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Seu quadro de profissionais é composto por 30 professores, 2 coordenadoras pedagógicas, 2 secretárias, 1 diretora, 1 professor de AEE e 4 funcionárias para os serviços gerais. Desenvolve vários projetos como: Atividades Lúdicas, Musicalização, Projeto Biblioteca Sempre Viva e Projeto Afrodescendente e Laboratório de Aprendizagem.

             A escola é bem estruturada com salas amplas, biblioteca, sala de vídeo, de multimeios, refeitório, pátio coberto, parquinho e rampas de acesso ao 2º andar. Alguns alunos da escola são atendidos pela LBV( Legião da Boa Vontade) que desenvolve uma parceria não só com a escola mas com a comunidade em geral, que é muito carente.